AS MENINAS

Não as minhas mas as outras. As que ficaram famosas por uma qualquer canção que não nos diz nada.
Muitos não compreendem a força que um número tem. Ontem, hoje e sempre, ele diz muito de cada uma de nós. Mas fomos, somos e seremos para todo o sempre "Meninas".

Aos nove anos, incentivada por uns pais que só queriam o meu melhor, dei entrada num mundo que até aí só conhecia por descrição. Deixei-os: os pais, os avós, tios e primos, amigos e principalmente a companhia da minha irmã. Difícil fazer ver aos outros que aquela decisão foi um ato de amor.

 As enormes paredes daquela que viria a ser a minha casa por quatro anos estão carregadas de história. A própria vila (hoje cidade) é conhecida pela instituição. As siglas IO fazem parte do meu ser. Gravadas no coração e na alma como brasas, aquecem as memórias mais doces de uma infância feliz. Sim, fui feliz. Eu e as outras "meninas" que me acompanhavam na aventura. Acredito que umas, mais que outras, só se tenham apercebido dessa felicidade anos mais tarde. Mas fomos felizes! E continuamos a sê-lo!


As memórias são mais que muitas. São um reviver de emoções, histórias e decisões que nos levaram até aos dias de hoje. Aprendi, vivi ao máximo, chorei e ri tanto como brinquei e cresci. E se cresci. Se crescemos... só as paredes o sabem...

Em 2013, o ministro da Defesa pôs-nos um fim. 

Mas as meninas que o foram, jamais deixarão de o ser.

Duc in altum











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